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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Histórias Natalina

As três árvores

"Havia, numa cidade, três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.



A primeira, olhando as estrelas, disse:



- Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada.



A segunda olhou para o riacho e suspirou:



- Eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas.



A terceira árvore olhou o vale e disse:



- Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto, mas tanto, que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus.



Muitos anos se passaram e certo dia vieram três lenhadores e cortaram as três árvores, todas ansiosas em serem transformadas naquilo que sonhavam.



Mas lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos... Que pena!



A primeira árvore acabou sendo transformada num coxo de animais, coberto de feno. A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias. E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em grossas vigas e colocada de lado num depósito.



E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes: "- Para que isso?"



Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu bebê recém nascido naquele coxo de animais. E, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.



A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando um homem que acabou dormindo no barco, e, no meio de uma tempestade, quando o estavam quase afundando, o homem levantou e disse ao mar revolto: "Sossegai". Num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei dos Céus e da Terra.



Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela, pois fora condenado à morte, mesmo sendo inocente.



Logo, sentiu-se horrível e cruel. Mas no domingo, o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo ao olharem para ela.



Eis a moral da história: as árvores tinham sonhos, mas as suas realizações foram mil vezes melhores e mais sábias do que haviam imaginado.







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