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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Abelhinha e o Gafanhoto



Marlene B. Cerviglieri



Naquela fazenda muito grande, de pastos verdejantes onde bois e cavalos pastavam muito felizes, havia um paiol muito alto e redondo. Lá ficava guardado o milho e a ração de todo o gado. Bem no alto deste paiol havia uma colméia. Era grande e muitas famílias ali moravam e trabalhavam o dia inteiro. Em especial havia uma abelha que cuidava muito bem do seu cantinho e de suas abelhinhas. Ensinava tudo que sabia para as suas abelhinhas, para que mais tarde pudessem cuidar também de suas colméias. Dizia a mamãe abelha:



- Nunca voem longe daqui, há muito que recolher por perto. As laranjeiras estão em flor e é fácil de chegar até elas. Mesmo os limoeiros também têm flores e podemos recolher o néctar. Não se deixem levar pelos outros amiguinhos de vocês, não saiam sem me avisarem até onde vão e ficarei contente em saber.



Acontece que a abelhinha menor que ainda estava aprendendo o oficio nem voar direito sabia, era muito rebelde.



Pensava assim;



- Ah...ela sabe tudo, eu preciso voar longe para aprender também. Avisar, para quê?



Um dia estava voando entre as árvores, quando seu amigo um pouco mais velho o gafanhoto chamou-a;



- Abelhinha venha cá.



Esta voou logo para perto dele.



- Veja ele disse, está vendo lá longe, achei um lugar que tem umas ervinhas deliciosas para se comer.



- Mas eu não como ervinhas, gosto mesmo é de açúcar respondeu a Abelhinha.



- Vamos até lá comigo- disse ele-, eu tenho certeza que tem açúcar também.



Assim foram os dois voando até bem pertinho da usina da fazenda. Na usina tem açúcar e outras coisas mais como, por exemplo, álcool. O gafanhoto se divertia comendo as folhas de cana que eram finas e abundantes. A Abelhinha voou um pouco mais e achou um tonel cheio de garapa, era a cana sendo moída e o açúcar cheirava de dar água na boca. Esta não teve dúvida e mergulhou naquele caldo verde delicioso. E assim comeu muito açúcar e foi ficando enjoada e pesada. Chamou pelo amigo gafanhoto, mas este já havia voado para outro bando de cana.



- Oh meu Deus, o que faço agora?



Tentava voar e não conseguia, sua cabeça girava e seus olhos estavam pesados. Nesta hora lembrou-se de sua mamãe. Eu devia ter avisado que tola que fui. Ficou ali grudada no tacho da garapa sem poder sair. Na colméia sua mãe já havia notado a sua ausência. Mãe sempre está alerta com seus filhinhos, podem ser pequeninos ou grandes. Deu o alerta geral para as outras amigas abelhas e saíram todas a procura da abelhinha. Depois de muito procurar encontraram o gafanhoto que disse onde ela deveria estar. Finalmente localizaram a rebelde.



Conseguiram erguê-la e duas abelhas fortes a levaram para a colméia. Lá adormecida de tanto respirar o álcool e de comer muito açúcar dormia agitada. No outro dia quando acordou muito envergonhada perante seus pais e irmãos, pediu desculpas e prometeu que nunca mais faria uma coisa desta.



- Sabe mamãe eu pensava que podia ir sozinha.



- Você até pode minha abelhinha, mas nunca deixe de nos avisar para que possamos preveni-la do que poderá encontrar. Você deve ter suas experiências, mas dividindo conosco vai ser muito mais fácil.



Esta história é para as crianças grandes e pequenas que pensam que sabem tudo. Na hora do aperto e do perigo e que lembram dos mais velhos para orientá-los. Você é responsável por si mesmo, não abuse. Tenha suas experiências, mas tente dividir com alguém mais experiente. Não se esqueça que quanto mais alto o vôo, a queda será mais dolorida.



Cresça Feliz!





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